Quem desejar ajudar, pode fazer doações tanto de produtos de higiene quanto de alimentos não perecíveis, brinquedos ou dinheiro
O Movimento SOS Vila Torres, criado por religiosos católicos e a Associação de Moradores da Vila, estendeu o atendimento para outros bairros pobres de Curitiba. No último sábado (13/12), integrantes do Movimento distribuíram máscaras e frascos de álcool em gel para moradores do Ganchinho e da Vila Osternak. Cerca de 3 mil pessoas foram beneficiadas com a nova ação.
De acordo com o padre Joaquim Parron, redentorista, um dos coordenadores do Movimento, a intenção é promover a dignidade das pessoas mais carentes da cidade, que foram especialmente afetadas com a pandemia, porque muitos perderam seus trabalhos.
“Temos muitos trabalhadores informais e catadores de papel, que estão entre os mais atingidos pela crise gerada pela pandemia. Por isso, nossa missão é promover a dignidade das pessoas diante da calamidade do coronavírus. Muitas pessoas dessas regiões vivem na informalidade e os trabalhos ficaram muito escassos. Os carrinheiros, por exemplo, que recolhem materiais recicláveis, tiveram uma redução drástica de trabalho por causa da diminuição do movimento do comércio”, explica o religioso.
Criado no mês de março pelos religiosos Maristas, Jesuítas, Bernardinas, Vicentinas, Franciscanos e Redentoristas, todos trabalhando em conjunto com a Associação de Moradores da Vila e as equipes do Posto de Saúde da região, a primeira intenção do movimento foi dar amparo às pessoas da Vila Torres no enfrentamento à pandemia. Contudo, o projeto mobilizou de tal forma a comunidade de Curitiba que, logo, outras regiões da cidade também começaram a ser atendidas.
Durante todo esse tempo, já foram distribuídas mais de 15 mil cestas básicas para famílias necessitadas na Vila Torres, Caximba, Icaraí, Ganchinho e outros bairros. Também foram distribuídos mais de 16 mil frascos de álcool em gel, 12 mil máscaras, além de milhares de marmitas.
Educação e capacitação
O Movimento SOS Vila Torres também promove a capacitação das pessoas dessas regiões para o trabalho, como forma de geração de renda. Cursos para formação profissional têm sido desenvolvidos, com apoio de professores e gestores das instituições envolvidas, como os Maristas e Redentoristas.
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Os participantes dos cursos são encaminhados para eventuais vagas de empregos. O curso de diarista, por exemplo, ensinou noções básicas de higiene pessoal e de ambientes, comportamento profissional e dicas práticas sobre o trabalho doméstico – e teve a participação de dezenas de mulheres que, em muitos casos, são as responsáveis pelo sustento de suas famílias.
Passeatas de conscientização
Os organizadores do Movimento SOS Vila Torres ainda têm feito passeatas para conscientizar a população sobre o combate ao coronavírus e a importância da solidariedade neste momento de crise econômica e sanitária. Os participantes seguem em carros de som e usam todos os protocolos de segurança para mobilizar as comunidades por onde passam. De março até agora, já foram realizadas dez passeatas.
Como ajudar
O Movimento SOS Vila Torres articula as comunidades por meio da solidariedade e segue precisando de ajuda. “Não podemos esmorecer, pois essas pessoas realmente passam necessidades”, alerta padre Parron.
Além de alimentos, máscaras e produtos de higiene, também são arrecadados brinquedos novos ou usados em bom estado para doar às crianças dessas regiões, no período natalino. Doações em dinheiro também podem ser feitas. Quem quiser ajudar, pode entrar em contato com o padre Joaquim Parron pelo telefone (41) 99963-2350.
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