Inscrições abertas para visitas guiadas da Fundação Cultural de Curitiba em 2020

A Fundação Cultural oferece sete roteiros: Setor Histórico, Solar do Barão, Diversidade Religiosa, Painéis do Poty, Identidade Paranaense, Exposições e Erva-mate

: Cido Marques/FCC

O Núcleo de Ação Educativa da Fundação Cultural de Curitiba abriu as inscrições para as pessoas que desejarem participar de visitas mediadas personalizadas em museus, exposições, edificações históricas e logradouros públicos de Curitiba programadas para 2020. O agendamento é gratuito e deve ser feito pelo telefone (41) 3321-3275 ou pelo e-mail educativa@fcc.curitiba.pr.gov.br.

Podem se inscrever estudantes de todas as idades de escolas públicas e particulares, professores, universitários, idosos, turistas e pessoas com deficiências. Os interessados são agrupados de acordo com o roteiro escolhido para visitação, pela manhã ou à tarde.

São oferecidos sete roteiros – todos relacionado à história da cidade: Setor Histórico, Solar do Barão, Diversidade Religiosa, Painéis do Poty, Identidade Paranaense, Exposições e Erva-mate. O atendimento acontece das 9h às 12h e das 14h às 17h.

As visitas podem durar de uma até duas horas e são planejadas de acordo com as características e a disponibilidade de tempo de cada grupo. “Cada atendimento é único”, afirma a coordenadora do Núcleo de Ação Educativa, pedagoga Hamilca Cassiana Silva.

Sob o comando da pedagoga, 16 mediadores oriundos de cursos de graduação em História, Artes Visuais, Artes Cênicas, Filosofia e Arquitetura analisam o perfil dos grupos e definem as estratégias para melhorar o entendimento e o aproveitamento das informações repassadas aos participantes. “Apresentamos a história de forma crítica, numa construção dialogada com o público”, explica.

Recursos pedagógicos
As visitas utilizam alguns recursos pedagógicos conforme o grupo. Neste último ano, para tornar mais lúdica a exposição Presença Negra aos estudantes de Ensino Fundamental, por exemplo, os responsáveis mostraram visual e sensorialmente como foi a a vinda dos negros escravizados ao Brasil. Um tecido largo de malha azul-escuro simulou o mar revolto sobre o qual viajaram navios negreiros lotados. Para mostrar a força do mar, frágeis barquinhos de papel branco saltitavam sobre a superfície agitada, com a ajuda dos estudantes. “É uma forma de ganhar a atenção e o interesse das crianças”, diz a mediadora e estudante de História Maitê Ritz Panzone.

Para as crianças da Educação Infantil, a história do herói Barão do Serro Azul foi contada com a ajuda de fantoches para dedos, que assumem as personalidades da Baronesa, do Maragato e do Pica-pau, além do próprio Barão – figuras ligadas à repercussão local da Revolução Federalista.

Para que os pequenos possam entender melhor a história, o mediador Lucas Vaz ainda compôs uma música sobre os acontecimentos por trás do famoso prédio que viria a se tornar o Centro Cultural Solar do Barão. A ideia é que os pequenos escutem a música e, com a evolução das estrofes, cantem o refrão.

Quem não pode ver também tem acesso à história. Pensando nas pessoas com deficiências visuais, os mediadores esculpiram em argila a cabeça do Barão. Assim, os participantes tocaram e imaginaram como teria sido o rosto do personagem. Além disso, construíram uma fotografia tátil da fachada de sua imponente residência, usando areia, barbante e palitos de madeira.

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