Início Literatura HQ “CWB”, uma jornada surreal pela alma de Curitiba, tem lançamento virtual

HQ “CWB”, uma jornada surreal pela alma de Curitiba, tem lançamento virtual

Quadrinista curitibano José Aguiar, autor da HQ “CWB”, será entrevistado pelo coordenador da Gibiteca e pela editora da Panini Comics

Neste próximo sábado (12/12), será realizado o lançamento oficial da HQ “CWB”, escrita e ilustrada pelo quadrinista curitibano José Aguiar. O evento acontece a partir das 17h, no canal do YouTube Quadrinhofilia, com participação do coordenador da Gibiteca de Curitiba, Fúlvio Pacheco e da jornalista e editora da Panini Comics, Belle Felix, além do autor.
Em sua história em quadrinhos, o premiado quadrinista olha para sua cidade natal para refletir sobre ela, fazendo tanto uma homenagem quanto um resgate com olhar crítico. Uma viagem pessoal e sensorial em que você percorre uma Curitiba viva, lugar que pode ser mais fantástico, perigoso e difícil de entender.
Em vez de retratar cartões postais, ele optou por ir além: fez da capital paranaense uma personagem através de resgate histórico, cultural e emocional de sua vivência nela. Nas ruas e prédios famosos ou ordinários dessa Curitiba autoral transitam personagens do século XIX até o presente, vindos das quase esquecidas aquarelas de João Pedro, da Gaveta do Diabo de Narciso Figueras, das figurinhas das balas Zequinha, das obras dos famosos Erbo Stenzel e Poty Lazzarotto, entre outros.
O cenário é o mesmo para duas tramas que iniciam em pontos diferentes do livro, mas que convergem e se espelham uma na outra para formar uma história maior. A publicação ainda tem dois textos complementares que contextualizam e referenciam as lendas, fatos históricos, personagens reais e fictícios abordados, assim como a relação de José Aguiar com a cidade e a obra.
“Minha história em quadrinhos é um passeio pessoal por uma “geografia do inconsciente”. Minha reflexão sobre o espaço da cidade, seus signos e arquétipos através do meu ponto de vista pessoal. Sei que pode soar pretensioso, mas garanto que a intenção que me motiva é mais singela. É emocional: eu amo sinceramente a minha cidade”, aponta José Aguiar, que já falou mais sobre a HQ em uma entrevista aqui, no Curitiba de Graça.

“CWB” possui somente versão impressa, com tiragem limitada, à venda exclusivamente na Itiban Comic Shop. Foto: Kristiane Rothstein

Com 120 páginas e ilustrações em aquarela, a HQ “CWB” possui somente versão impressa, com tiragem limitada e à venda exclusivamente na Itiban Comic Shop, para apoiar a única loja especializada em quadrinhos de Curitiba.

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O projeto foi realizado pela Quadrinhofilia Produções Artísticas, através do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura da Fundação Cultural de Curitiba, com incentivo da Celepar. Por meio dele foram realizadas ainda oficinas de capacitação de professores e para crianças e adolescente das cinco regionais de Curitiba. Metade da tiragem foi destinada a doações, incluindo escolas, bibliotecas e gibitecas espalhadas pelo país.

Saiba mais sobre José Aguiar

Foto: Divulgação

Arte-educador formado pela FAP e mestre pela UTFPR em Tecnologia e Sociedade, José Aguiar começou publicando tiras de humor quando ainda era adolescente. Hoje, já tem inúmeras publicações, inclusive em Portugal, França e Alemanha e recebeu diversos prêmios como o HQMIX e o Concurso Internacional de Quadrinhos do Senac/Devir, além de ser indicado ao Prêmio Jabuti pelos seus livros “Reisetagebuch – Uma Viagem Ilustrada pela Alemanha”, “Coisas de Adornar Paredes” e “A Infância do Brasil”, sendo que esse último recebeu os prêmios Le Blanc e Minuano de Literatura.
José Aguiar ainda foi curador e idealizador dos premiados eventos Cena HQ e Gibicon – Convenção Internacional de Quadrinhos de Curitiba, que hoje se transformou na Bienal de Quadrinhos de Curitiba, e do Ciclo de Quadrinhos.
É coautor de Vigor Mortis Comics, da adaptação Dom Casmurro de Machado de Assis, Revolta de Canudos e Ato 5. Suas tiras de humor foram reunidas nas antologias Malu – pequena, comum e extraordinária e Nada Com Coisa Alguma. Escreveu o livro Narrativas Gráficas Curitibanas – 210 anos de charges, cartuns e quadrinhos e também sobre cultura pop no site Omelete e no jornal Folha de São Paulo.
 
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