Exposição relembra obras de Cândido de Abreu, urbanista e ex-prefeito de Curitiba

Paço Municipal, portões do Passeio Público e Mirante do Alto do São Francisco estão entre as obras realizadas por Cândido de Abreu

Quem passar pela Casa Romário Martins, no Centro Histórico, poderá conhecer um pouco mais sobre as obras de Curitiba realizadas por Cândido de Abreu, engenheiro civil, urbanista e ex-prefeito da cidade – hoje, a sede da prefeitura é localizada em uma rua que leva o seu nome.
A exposição “A Curityba de Cândido de Abreu” reúne cerca de 140 fotos, documentos, mapas e plantas arquitetônicas que abrangem a primeira das duas gestões de Abreu, no fim do século XIX (1892-1894) e a seguinte, no começo do século XX (1913-1916). A coordenação é da historiadora Aparecida Vaz da Silva Bahls.

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Os itens apresentados fazem parte de acervos dos departamentos de Arquitetura e Urbanismo da UFPR (Universidade Federal do Paraná) e da UTFPR (Universidade Tecnológica do Paraná), dos arquivos públicos estadual e municipal, do Museu Paranaense, da Casa da Memória da Fundação Cultural de Curitiba, da Fundação Biblioteca Nacional e do Museu Imperial do Rio de Janeiro, além do Museu Histórico Abílio Barreto de Minas Gerais.
Nascido em Paranaguá, Cândido Ferreira de Abreu foi engenheiro e o primeiro prefeito eleito de Curitiba. Em sua administração, realizou obras que seguem fazendo parte da Curitiba do presente, como o Paço Municipal (antiga Prefeitura, na Praça Generoso Marques), o Belvedere e o Mirante do Alto do São Francisco, os repuxos das praças Eufrásio Correia e Carlos Gomes e os portões do Passeio Público. O terreno para construção do prédio histórico da UFPR foi doado pela prefeitura na gestão de Abreu.
O ex-prefeito também foi o responsável pela implantação dos bondes elétricos na cidade. A circulação viária era uma de suas prioridades, ao lado das áreas de salubridade e embelezamento da capital paranaense.

Exposição reúne cerca de 140 fotos, documentos, mapas e plantas arquitetônicas sobre obras de Cândido de Abreu. Foto: Lucilia Guimarães/SMCS

Como engenheiro, projetou outras joias arquitetônicas da cidade. Entre eles estão a Casa Miró, na Rua Comendador Araújo, e o Palacete dos Leões (atual sede do BRDE), na Avenida João Gualberto.
Como engenheiro civil e urbanista, trabalhou no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, além de ter integrado a equipe de construtores da estrada de ferro Madeira-Mamoré, no Norte do Brasil. Essa experiência o colocou em contato com técnicos e políticos com visões inovadoras sobre desenvolvimento urbano, trazidas para sua segunda gestão.

Regras para visitação

Para ver a exposição, é preciso usar máscara corretamente colocada sobre o rosto e, na entrada, aplicar álcool em gel, aferir a temperatura corporal e observar o distanciamento social.
Podem visitar o local apenas 12 pessoas por vez. O horário de funcionamento é das 9h às 12h, de terça a sexta-feira, e das 9h às 14h aos sábados, domingos e feriados. A Casa Romário Martins está localizada no Largo Coronel Enéas, 40 – Centro Histórico, em frente ao antigo bebedouro. A entrada é gratuita.
 
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