A vacinação ocorrerá em duas etapas e abrange apenas o público definido como prioritário pelo Ministério da Saúde
Começa na próxima quarta-feira, 10 de abril, a campanha nacional de vacinação contra a gripe. Neste ano, a campanha terá duas fases: na primeira, de 10 a 19 de abril, serão vacinadas as gestantes, crianças de seis meses até seis anos incompletos (5 anos, 11 meses e 29 dias) e puérperas (mães de recém-nascidos de até 45 dias). A partir de 22 de abril até 31 de maio, a vacina contra o vírus Influenza passa a ser feita em todos os públicos prioritários estabelecidos pelo Ministério da Saúde (a lista completa está no final da matéria).
A mudança visa ampliar a cobertura vacinal entre as grávidas e as crianças – faixas da população em que os índices de vacinação ficaram abaixo do esperado em todo o Brasil em anos anteriores – e não prejudica os demais públicos.
“Este ano, a campanha começa uma semana mais cedo, o que mantém o tempo hábil para que as pessoas se imunizem antes da chegada dos dias mais frios, quando o vírus se propaga com maior intensidade”, explica o diretor do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde, Alcides de Oliveira.
A vacinação ocorrerá de segunda à sexta-feira, no horário de atendimento das unidades de saúde. A vacinação é ofertada apenas nas unidades básicas e não será feita nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), locais destinados apenas ao atendimento de casos de urgência e emergência.
É necessário levar carteira de vacinação e documento de identificação com foto. Pessoas com doenças crônicas ou com outras condições clínicas especiais devem apresentar também prescrição médica, especificando o motivo da indicação da vacina. As puérperas devem apresentar certidão de nascimento do bebê, cartão-gestante ou documento do hospital em que ocorreu o parto e os profissionais do público-prioritário, como professores e trabalhadores da Saúde, devem apresentar contracheque ou crachá. Pacientes cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do SUS deverão se dirigir aos postos em que estão registrados para receberem a dose, sem necessidade de prescrição médica.
Em 4 de maio haverá o “Dia D” da mobilização, um sábado em que alguns postos de saúde abrirão para ampliar o acesso aos usuários que desejam se vacinar.
Saiba quais são os públicos prioritários
A vacinação é destinada somente a todos públicos definidos como prioritários pelo Ministério da Saúde, que, além das gestantes, puérperas e crianças entre 6 meses e 6 anos incompletos, inclui:
– Pessoas maiores de 60 anos;
– Profissionais da saúde;
– Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis ou outras condições clínicas especiais (exemplo: diabetes, doenças cardíacas e respiratórias, distúrbios que comprometem a imunidade, como o câncer, e outras);
– População indígena;
– Pessoas privadas de liberdade;
– Professores da rede pública e privada;
-Trabalhadores do sistema prisional;
– Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas.
A vacina é contraindicada para quem apresentou reação em doses anteriores ou tenha alergia grave ao ovo de galinha e seus derivados.
Como é a vacina deste ano
A vacina contra a gripe que será aplicada nas unidades de saúde é ofertada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), do tipo trivalente: contém duas cepas do tipo A do Influenza e uma cepa do tipo B e protege contra os vírus H1N1, o H3N2 (ambas do Tipo A) e o influenza do tipo B Victoria.
Ocorreram duas mudanças em relação à vacina trivalente indicada do ano passado, com cepas diferentes para o H3N2 e para o a cepa do tipo B. Por isso, é essencial que as pessoas dos grupos prioritários que se imunizaram em 2018 passado façam nova vacina este ano.
O agente imunizante da vacina contra o Influenza leva em torno de dez dias para ter efeito. Nesse período, há uma janela para outras ocorrências, como um outro vírus, já incubado no indivíduo, se manifestar, causando sintomas de gripe.
Medidas simples de prevenção contra a gripe
A vacina é uma das formas de prevenção do vírus Influenza. Higienizar as mãos frequentemente com álcool gel ou lavar com água e sabão, evitar aglomerações e locais fechados são cuidados que também ajudam contra a proliferação do vírus.
A adoção da “etiqueta respiratória”, que consiste em espirrar na parte de dentro dos cotovelos e cobrir a boca ao tossir, também contribui para a redução do risco de proliferação do vírus.
Evite compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas. Em casos de sintomas, É importante alertar para sinais e sintomas de gravidade para a busca imediata de avaliação em uma unidade de saúde.