Evento terá exposições virtuais, palestras, lives e entrevistas até o dia 31 de dezembro
Considerada um dos principais eventos artísticos e culturais do planeta, a Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Curitiba precisou se reinventar em 2021. Devido ao isolamento social, será realizado o primeiro evento totalmente on-line, que foi inaugurado na última segunda-feira (29/03). Serão nove meses de palestras, lives, entrevistas e exposições virtuais com conteúdos sobre artes visuais, design, arquitetura, cinema e literatura.
A programação será disponibilizada até o 31 de dezembro no site www.bienaldecuritiba.com.br, no Facebook e no Instagram.
A Bienal On-Line integra ainda a 14ª edição do evento, que aconteceu de forma presencial entre 2019 e 2020. “Enquanto aguardamos as condições ideais para realização da 15ª Bienal de Curitiba de forma presencial, sentimos a necessidade de oferecer, dentro dos limites impostos pela pandemia, uma programação especial para o nosso público ainda dentro da 14ª edição, além de movimentarmos profissionais e empresas do segmento, que foram intensamente afetados por essa crise humanitária que já dura mais de um ano. Tudo isso com toda a segurança necessária, com as pessoas acompanhando essa extensão da última Bienal de dentro de suas casas”, comenta Carolina Loch, coordenadora institucional da Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Curitiba.
Novas temáticas foram propostas para a versão digital. Assuntos variados destacam a relação entre arte e responsabilidade socioambiental, arte e tecnologia, e questões sociais, apontadas pela organização como importantes e necessários para contribuir com uma sociedade mais desenvolvida na contemporaneidade. Na 14ª edição, realizada entre 2019 e 2020, o tema foi “Fronteiras Em Aberto”, discutindo o conceito de fronteiras – e recebendo artistas de todos os continentes, com destaque para membros do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
“O evento busca seguir fomentando a cultura com uma audiência plural, proporcionando experiências estéticas adaptadas ao contexto atual de isolamento, facilitando o acesso via celulares e computadores”, aponta Carolina.
Inaugurando a Bienal On-line, o curador e artista curitibano Flávio Carvalho, especialista em arte e tecnologia, vai participar de uma conversa ao vivo. Na próxima segunda-feira, dia 29 de março, a partir das 19h30, vai ao ar “O museu foi para a internet. E agora?”, na qual Carvalho vai discutir as dificuldades, transformações e maneiras de experimentar a arte contemporânea em plataformas on-line, entre outros assuntos. A conversa terá chat aberto para perguntas, comentários e participação do público, e acontecerá pelo Instagram @bienaldecuritiba.
Programação
As atrações da Bienal On-Line serão divididas por temática de maneira mensal. Após a conversa inaugural, o mês de abril terá discussões sobre videoarte. Maio será o mês do design, enquanto junho será o mês da produção internacional. Aproveitando as férias escolares, julho terá a Bienal On-line para o público infanto-juvenil. Em agosto acontece o Take Over – Arte On-line, voltado às plataformas digitais. As temáticas de setembro são o cinema e a literatura, e em outubro, a arquitetura. Novembro é dedicado às exposições, com visitas on-line a mostras e ateliês de artistas. Dezembro retoma o Take Over, destacando artemídia e encerrando o evento. A programação será divulgada de mês a mês, sempre no primeiro dia útil.
Arte contemporânea
Criada em 1993, a Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Curitiba teve suas primeiras edições voltadas a programação expositiva, chegando a ter sedes em outras cidades brasileiras como São Paulo e Brasília, e até em Buenos Aires, na Argentina. A partir de 2007, expandiu sua proposta incluindo performances, interferências urbanas, cursos e palestras.
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Artistas de renome mundial já participaram da Bienal, como Marina Abramović e Ai Weiwei. Na 14ª edição, o conceito curatorial de “Fronteiras Em Aberto” foi assinado pelo espanhol Adolfo Montejo Navas e pela brasileira residente em Berlim (Alemanha) Tereza de Arruda, e contou com 461 artistas dos cinco continentes. Mais de 100 espaços da capital paranaense foram ocupados por ações do evento, atingindo um público de mais de 900 mil pessoas.
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