Mesa-redonda reúne profissionais de diferentes áreas para discutir o meio ambiente e levantar as contribuições científicas de Reinhard Maack
O Museu Paranaense promove na próxima terça-feira, 10 de setembro, às 19h, a mesa-redonda “Narrativas transversais: diálogos entre ambientalismo, cinema e geografia”, que vai abordar aspectos referentes à vida e à contribuição científica do geólogo e ambientalista Reinhard Maack.
Participam o pesquisador Henrique Paulo Schmidlin, conhecido como Vitamina, o artista interdisciplinar Rayman Virmond e a arqueóloga do Paranaense, Claudia Inês Parellada, que fará a mediação. As inscrições são gratuitas e podem até 9 de setembro neste link.
Além do trabalho de Maack, serão apresentados também a pesquisa e o processo criativo de projetos que envolvem geografia, cinema e paisagem, realizados por Virmond, com exibição do curta documental/experimental sobre a Serra do Mar chamado “Topofilia”.
Pesquisadores
Considerado uma referência na questão ambiental em Curitiba, Henrique Paulo Schmidlin é montanhista desde a adolescência e apaixonado pelo Paraná. Foi o primeiro a documentar a escalada de algumas montanhas e pioneiro em desenvolver trilhas e mapas de acesso. Criou novos modelos de materiais e equipamentos para o uso em alta montanha. Atuou como advogado na área jurídica da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, ITC, Surehma e por cerca de 15 anos foi curador do Patrimônio Natural do Paraná.
Rayman Virmond trabalha como filmmaker e artista interdisciplinar, fazendo documentários, projetos fotográficos, vídeos experimentais e videoclipes. Sua pesquisa relaciona cinema e paisagem, utilizando como base a geografia, as ciências sociais e os estudos fílmicos. É mestrando em Cinema pela Universidade de Beira Interior, Covilhã, Portugal, e formado em Geografia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Arqueóloga com doutorado na Universidade de São Paulo USP, mestre em Antropologia Social e geóloga pela mesma instituição, Claudia Inês Parellada atua no Museu Paranaense desde 1984, sendo a pesquisadora responsável pelo Departamento de Arqueologia do museu desde 1990. Executou e vem coordenando diferentes projetos de pesquisa arqueológica e etnográfica, especialmente no Paraná e no Mato Grosso, com publicações de alcance nacional e internacional.
Ela também ministra cursos de extensão em universidades brasileiras e em comunidades tradicionais, orienta e supervisiona alunos de graduação e pós-graduação e, ainda, faz parte do corpo técnico de revisores de vários periódicos científicos.
Reinhard Maack
Pioneiro na questão da preservação de áreas naturais, o geólogo e ambientalista Reinhard Maack foi colaborador do Paranaense em 1943 e foi ele que, dois anos antes, deu nome à montanha de maior altitude do Estado, na Serra do Mar: o Pico Paraná. Como pesquisador, defendeu a Teoria da Deriva Continental (Alfred Wegner), argumento de sua tese de doutorado e pela qual foi premiado pela Unesco. Em 1950, como membro de uma expedição da UFPR, foi um dos primeiros pesquisadores a estabelecer contato com os Xetá, no baixo curso da baía do Rio Ivaí.
O Museu Paranaense fica na Rua Kellers, 289 – São Francisco. O horário de visitação é das 9h às 17h30, de terça a sexta-feira, e das 10h às 16h aos domingos e feriados. A entrada é gratuita. Mais informações pelo telefone (41) 3304-3300 ou no site www.museuparanaense.pr.gov.br.