Festival exibirá um painel diversificado de filmes produzidos nas múltiplas periferias brasileiras
Entre os dias 24 e 31 de março acontece a 14ª edição do Festival Visões Periférica, pela primeira vez no formato on-line para todo o Brasil. Neste ano serão apresentados, gratuitamente, 50 filmes, entre longas, médias e de curtas-metragens exibidos em seis sessões. A ideia é exibir um painel diversificado de expressões culturais brasileiras, privilegiando produções que expressem esteticamente uma visão crítica e inovadora sobre as periferias. As exibições serão no site www.visoesperifericas.org.br, onde também está disponível a programação completa.
“Em 14 anos de realização, o Festival Visões Periféricas se consolidou como projeto único e inovador de difusão audiovisual no país, formação de rede e inserção do jovem realizador de periferia no circuito nacional de festivais. O Visões tem o mérito de ser o único festival no Brasil a assumir a missão de revelar uma geração de jovens realizadores com origem nas periferias brasileiras. O conceito de periferia no festival é abrangente, incluindo filmes de realizadores de comunidades quilombolas, aldeias indígenas, favelas, negros e mulheres. Além disso, estamos sempre discutindo a periferia a partir dos filmes, selecionando aqueles que trazem um olhar inovador e esteticamente potente. Nos últimos anos vários realizadores iniciaram voos mais ambiciosos em formatos de maior duração”, afirma o idealizador do festival Marcio Blanco, que assina a curadoria junto com Kamilla Medeiros e Janaína Damaceno.
A programação terá quatro Mostras Competitivas: Panorâmica, com cinco filmes de filmes de longa-metragem e de média-metragem com duração de, pelo menos, 40 minutos; Fronteiras Imaginárias, com 20 filmes de curta-metragem produzidos por realizadores independentes e coletivos de audiovisual; Cinema da Gema, com dez filmes de curta-metragem produzidos no Rio de Janeiro; e Visorama, com oito curtas de até 15 minutos produzidos em cursos de formação audiovisual no Ensino Básico e em projetos do terceiro setor.
VEJA TAMBÉM: Pelo Brasil: Cineclube Cinefoot Online apresenta filmes que abordam o futebol
Os filmes avaliados pelo júri técnico serão premiados com prestação de serviços na área de produção e pós-produção e bolsas de estudos em cursos de audiovisual. Além disso, os filmes das mostras Fronteiras Imaginárias, Cinema da Gema e Panorâmica terão avaliação de um representante de licenciamento do Canal Brasil. O filme com mais votação on-line por parte do público em cada mostra competitiva receberá um troféu.
O festival apresentará, também, uma Mostra Não Competitiva que exibirá “A Profundidade da Areia”, de Hugo Reis (ES, 17 min, 2019); “Atordoado, Eu Permaneço Atento”, de Lucas H Rossi dos Santos e Henrique Amud (RJ,15 min, 2020); “Bonde”, de Asaph Luccas (SP, 18min, 2020); “Morte Branca do Feiticeiro Negro”, de Rodrigo Ribeiro (SC, 10 min, 2020); e “Perifericu”, de Nay Mendi, Rosa Caldeira e Stheffany Fern (SP, 20 min, 2019). São filmes premiados e que foram selecionados por representarem uma forte tendência no cinema periférico de experimentação estética e discussão de temas como raça, gênero e diversidade. Todos terão legenda descritiva e audiodescrição. Os realizadores da mostra também participam de um bate-papo no dia 27 de março, às 17h, que será exibido no site.
A sessão de abertura do festival, no dia 24 de março, às 19h30, terá a exibição do longa-metragem inédito “Anastácias”, de Thatiane Almeida (SP, 78 min, 2020), com tradução em libras. No encerramento, dia 31 de março, às 19h, será exibido o longa-metragem inédito “Trem do Soul”, de Clementino Junior (RJ, 82 min, 2021).
Debates
Além das mostras, acontecerão três mesas de debates que vão tratar de temas como os caminhos do audiovisual nas periferias pós-pandemia e a inserção de jovens da periferia no mercado audiovisual. As transmissões serão nos dias 25, 29 e 30 de março, sempre às 19h30, com tradução em libras e transmissão no YouTube e no Facebook.
No dia 25 de março, às 19h30, o ator e ex-BBB, Babu Santana, participa de uma conversa sobre o festival e a transmissão será exibida no Instagram do Visões Periféricas.
Você sabia que o Curitiba de Graça é um veículo feito por jornalistas e é independente? Para continuarmos fazendo nosso trabalho de difusão da cultura precisamos do seu apoio. Veja como colaborar AQUI.
